segunda-feira, 16 de abril de 2012

Não quero o amor pra mim!

Não quero o amor pra mim, quero o amor para os outros e, assim, recebê-lo de volta com um sorriso, um abraço, um afago.
Não quero o amor pra mim, quero o desejo de seguir em frente, de lutar por sonhos e de sonhar cada vez mais alto.
Quero acreditar que os desejos podem se tornar realidade e quero poder amar, incondicionalmente, sem que uma barreira seja colocada entre mim e o objeto amado.

Quero amar o mundo e seus cantos escuros e sombrios.
Quero ter direito a admirar um dia escuro e a gostar de andar de carro numa rodovia encoberta por neblina (mesmo sendo perigoso) e, no fim do dia, aproveitar a chuva que me atrapalha a voltar pra casa, sem reclamar dela, apenas sorrir.

- Olhar para as nuvens carregadas sempre me faz mais feliz.

Eu, cupido!


Não quero o amor pra mim, quero o amor pra você e me sentir bem com o que posso te oferecer e assim, receber de volta acompanhado de um beijo da única coisa que realmente quero pra mim: você!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Descobrindo medos

Sempre pensei que para mim a vida seria fácil e estava sendo, até pouco tempo atrás. Tudo organizado, tudo dando certo e dentro do planejado.
Viver sozinha era o próximo passo. Cidade distante, mas não tão longe, dá pra voltar quando necessário.
Só aí me deparei com meus verdadeiros medos, de todos os tipos, de todos os tamanhos, infantis e adultos. Medos que agora fazem parte da minha vida e que não querem me largar.
Não começo pela ordem em que os descobri, mas pelo quanto eles me marcaram.
Tenho medo de bichos: ratos, aranhas, cobras e eles convivem comigo onde eu moro (ainda não vi cobras, se tivesse visto, nunca mais voltaria aqui). E tenho que matá-los - já que sou o "homem" da casa, ou correr e me esconder - como fiz no dia em que vi o rato pela primeira vez.
Passar por cima dos meus medos, que só se multiplicam a cada dia, é o necessário para continuar a vida.
Medo de morrer sozinha, ou de me acidentar e não achar ninguém que possa me ajudar. Viver numa cidade em que até os próximos são distantes não é fácil.
Medo de não ter mais tantos amigos quanto eu gosto de ter e de perder aqueles que fiz e que a distância me impede de conviver.
Medo de ficar sozinha, pra sempre e de não encontrar ninguém pra dividir a vida. Medo de não saber mais sorrir. Medo de não ter mais forças pra sorrir.
Medo de seguir em frente e medo de voltar atrás.
São tantos medos que me cercam, que me coagem, que me proíbem de viver tranquilamente, que me perder em meio a eles já não se torna impossível.
Tenho medo de entrar em meus medos e não mais achar o caminho volta pra meus sonhos.