sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Essência

De todos, de tudo o que me cerca,
tenho certas preferências:
Não pelo corpo, mas pela alma.
Aquilo que me traz mais excelência.

As palavras doces colhidas no pé,
O fim de tarde na cidade querida,
Todo o gosto do sorriso alheio
E a visão da flor preferida.

O pôr do sol visto de qualquer canto.
Parado, andando, ainda que sonolento,
Mesmo escondido por um instante faceiro,
A vista do horizonte é um acalento.

De todos, de tudo o que me cerca,
tenho regras e a elas certa obediência:
Não desejo o corpo, mas a alma,
Prefiro os que leem minha essência.