terça-feira, 18 de outubro de 2011

Rafinha Bastos: O anti-herói brasileiro

            A figura do anti-herói surge em Macunaíma por meio da malandragem e da preguiça. Contudo, ele se materializa a cada dia em personalidades que surgem e conquistam a todos com seu jeito “errado” de ser.
            Rafinha Bastos tem se contextualizado na mídia como nosso “herói sem nenhum caráter”. O humorista agrada/desagrada muitos com suas piadas que, na maioria das vezes, trabalham com o humor estereotipado brasileiro.
            Os que criticam, afirmam que suas piadas são de mau gosto e ferem a moral, além de infringirem a constituição. Os que defendem, apoiam a liberdade de expressão e entendem suas piadas como críticas sociais e/ou piadas comuns.
            Nota-se, entretanto, que essa revolta de muitos pelo sarcasmo presente nas falas de Rafinha o torna cada vez mais querido e procurado pelos outros. Ainda mais diante do humor que ele mesmo faz com seus processos e a “péssima influência” que ele carrega em si que, inclusive, tornou-se o título de seu Stand Up.
            A crítica maciça dos jornais e revistas pode até ter levantado algumas vozes contra esse garoto-problema, todavia, assim como Macunaíma conquistou a muitos com seu desleixo, Rafinha reafirma seu público, que adora ter “péssimas influências” na vida.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O que sinto agora...

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás


Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ninguém se importa com a EDUCAÇÃO!

Diante de uma realidade vivida pelos professores na cidade de Mirassol, deparei-me novamente com frases e comentários preconceituosos e difamatórios: "Professor é um bando de vagabundo, tem mais é que se ferrar"; "Não sei porque esse povo não escolhe outra profissão ao invés de ficar reclamando"; "Já sabiam quanto iam ganhar, então não têm o direito de reclamar". Visões essas que retratam bem a atual situação da educação em nosso país.
Jogados ao acaso e desmerecidos pela grande maioria, a educação e os educadores são vistos como "vagabundos que não gostam de trabalhar", como "inutilidade" diante de problemas maiores. Não digo que a educação seja o mais importante e mais necessário dos problemas a serem solucionados, mas está entre os principais e deveria ser tratada de forma diferente.
Os países desenvolvidos apresentam um patamar elevado em nível educacional e os investimentos nessa área são altíssimos. Enquanto aqui, coloca-se 40 alunos em uma sala de aula, com pouca infraestrutura e se espera "que a magia da educação aconteça".
Desculpem-me os críticos, mas a vida de seus filhos está nas mãos de funcionários que não são bem pagos, que tem dificuldades para pagar suas contas, pois ganham tão mal quanto muitos outros brasileiros.
Mudei-me recentemente para Campinas, tive que pagar minhas contas sozinha e descobri que meu salário é insuficiente para manter as contas básicas. Não digo aqui festas, agitações, mas sim aluguel, comida. Sim, professor não precisa ter carro para se locomover de uma escola a outra com zilhões de livros, nem precisa ter comida boa na mesa, aliás em muitos lugares, professor não merece nem mesmo comer o resto de comida dos alunos que seria jogado fora.
Analisando a visão que as pessoas têm da educação, acredito que o profissional dessa área não será valorizado tão cedo, pois realmente "não precisa de mais do que já tem".
Daqui 10 anos, voltemos a falar sobre esse assunto, aí sim veremos a que pé está a educação e, quando os bons desistirem de seguir essa profissão porque não dá dinheiro, nem mesmo os razoáveis vão querer ficar em um lugar em que se ganha menos de dois salários para se trabalhar com crianças e, além de educar intelectualmente, fazer o papel que antes era desempenhado pela família.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Coisas que me fazem bem (1)


Posso afirmar que é bom ser a inspiração de alguém (seja num poema, numa música, na vida, na profissão...) saber que alguém te dá valor e pensa em você, lembrando de detalhes que nem mesmo você lembrava, me faz feliz e me faz acreditar que posso ir/ser mto mais... :D

Ser a "menina-trufa" me faz lembrar de que alguém, em algum lugar do mundo (ou de Ícem), me vê de um jeito que eu nunca esperei que me vissem e de um jeito que me encantou totalmente rsrsrsrs

sexta-feira, 3 de junho de 2011

E EU QUE SOU ASSIM

E eu que sou meio sua, meio de ninguém
Te tratando meio preocupada, meio com desdém
Já nem sei mais pra onde olhar
Tenho medo de seu nome chamar

E eu que estive sempre lá, descobri que você nunca esteve aqui
Com os lábios trêmulos fugi
Senti-me presa, amordaçada, imóvel ao seu lado
E você sempre tão calado

E eu que já nem sei o que fazer
Nem tenho mais para onde correr
Fico parada e sigo a indicação da vida
Ou pego outro rumo mesmo me sentindo perdida?

E eu que sou assim
Se você gosta mesmo de mim
Não torne difícil minha decisão
Transforma-me apenas na sua canção

E eu que vou permanecer
Imortalizada em seu ser
Quero que o brilho em seu olhar
Persista, pois eu vou voltar

sábado, 14 de maio de 2011

Tentando aprender

Tentando aprender que é devagar que a vida se constrói;
Tentando aprender que é aos poucos que as feridas se fecham;
tentando tentando e tentando de novo

Aprendendo a não se entregar;
aprendendo a não aceitar;
aprendendo a querer mais, a querer o que eu mereço.

Aprendendo a superar os medos;
e criando novas barreiras
e achando novos defeitos em mim.

Uma fase termina, outra se apresenta
As transformações são sempre momentos de crise
a dor parece que é dor sempre e que não tem fim.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Agora!

Cada um tem pra si uma palavra, uma filosofia,  um provérbio que delineia a vida.
Entender/conhecer essa palavra é indispensável para o autoconhecimento, é o que nos faz provar que somos capazes de dizer o que e quem somos.
Determinar o que temos para nós, o que somos para os outros e o que desejamos ser para o mundo é um ato complexo e inacabado. Nunca estagnamos, sempre temos mudanças a apresentar.
Sejam essas mudanças de qualquer natureza, estarão presentes no tão complexo Homem, sem nem mesmo que todos as percebam.
Descobrir sua palavra é analisar suas ações e seus pensamentos. Por mais que sejamos contraditórios, existe algo que dá um ritmo maior ao nosso cotidiano, existe aquela "força" que nos move e nos faz agir e, creio que por meio das nossas ações é que encontramos qual a nossa energia/palavra vital.

Sou ansiosa e preocupada, minhas ações giram em torno de todo esse anseio de viver o momento, de ter respostas rápidas; porque, se não as tenho, a ansiedade toma conta de mim e me transforma em alguém que busca de qualquer forma o pretendido.

Minha palavra é "AGORA" e não posso esperar...


Minh'alma se agita como as águas do Taquaral com um simples soprar dos ventos...


domingo, 10 de abril de 2011

Feridas e cicratizações

Quando nos ferimos, podemos ou não sentir dores no momento. As dores, porém, sempre aparecem, mesmo que depois de algum tempo, quando sem querer batemos novamente o mesmo canto machucado.
Algumas de nossas feridas são "casquinhas sem cicatrização" eternas, que, por mais que nos esforcemos para mantê-las ali até que a ferida esteja completamente cicatrizada, sempre temos "encontrões" que retiram essa proteção e fazem a ferida sangrar novamente.
Minha vida é repleta de feridas e uma delas, que pensei estar já cicatrizada, mostrou-se recentemente aberta e exposta.
E ela que era tão protegida, ela que eu já pensei ter sido curada, após tantos anos de espera e de cuidado. Mas o local era sensível, e um simples toque abriu a ferida por completo e deixou-a à mostra.
Eu tenho medos, eu tenho sonhos e pesadelos... eu tenho a certeza de que não tenho mais o que tinha antes.

E eu sou queria uma coisa: não sentir mais dor, não chorar mais com essa ferida, que pensei ter se fechado quando te conheci.

obs: Achei uma nova barreira pra me proteger, cabe a você descobrir como ultrapassá-la, mas dessa vez ela é bem mais forte do que a que você já tinha derrubado por completo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Reflexões de uma noite de verão...

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado"
William Shakespeare, Sonhos de uma noite de Verão.


No post anterior eu estava em busca da "minha inspiração perdida". Eu poderia dizer aqui que a encontrei, mas na verdade ela não se perdeu, eu que tentei buscá-la no local errado.
E com essa descoberta, vieram tantas outras, tantas reflexões que me tiraram o sono e impediram que meu título fizesse total alusão a William Shakespeare (ou quem sabe até ao Skank: http://letras.terra.com.br/skank/1330911/).

Outro dia, olhando para o céu todo estrelado, lembrei-me da divisão de estrelas que certa vez fizera com alguém, eu sempre escolhia as que brilhavam mais, por isso acabei ficando com as estrelas presentes no olhar do outro, que eram repletas de sentimentos e tinham um brilho indescristível. Já que as minhas estrelas são as que vejo refletir nos olhares perdidos, tenho pra mim muito mais estrelas do que existem no céu.
Dividi com esse alguém estrelas, pensamentos, sentimentos, sonhos e delírios - é sempre bom ter alguém com quem dividir loucuras e sensatez. Agora, porém, o contato e a relação sofreram modificações, fazendo com que eu pensasse que havia perdido minha inspiração.
Contudo, o afastamento, a distância emocional não impedem a inspiração de existir. Alguns diriam que a ausência de contato faria com que minhas reflexões fossem sempre voltadas ao passado. Eu digo, entretanto, que quando o envolvimento é intenso, criam-se marcas nas pessoas. Marcas estas que me fazem saber muito a respeito dos pensamentos que se passam por mentes outrora próximas. Sendo assim, minhas reflexões têm um pouco de todos que um dia se aproximaram intensamente de mim.

Minha maior descoberta, porém, foi a de que SE EU VIVO, NÃO ESCREVO. E, SE AGORA ESCREVO, É PORQUE NÃO TENHO VIVIDO. Em meus momentos de reflexão no twitter (@janainatunussi), disse que "Minha escrita são meus desejos, meus sonhos materializados em palavras... Minhas palavras agora são todas você" e isso explica muito a minha ideia de "ausência de inspiração": não tenho escrito, não tenho falado de sentimentos, porque eu tenho vivido tudo isso e viVENDO tudo isso, sinto-me de mãos atadas para a escrita, pois de dentro de um turbilhão dificilmente se consegue refletir sobre o mundo que nos espera do lado de fora.
(mas se nesse momento escrevo, é porque consegui fazer uma pausa em toda essa "vivência").

Minha inspiração foi recuperada da seguinte forma: percebi que o aquilo que me inspirava ainda vive em mim, ainda se faz presente na minha vida, e que o simples fato de saber que o pilar em que apoiei minhas reflexões ainda existe, mesmo que distante, faz com que eu me sinta viva. E mais uma vez Shakespeare ilustrou bem isso:

~ Soneto 17 ~

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.


A reflexão máxima que tiro disso tudo? Nem sempre a pessoa com a qual dividimos todos os nossos pensamentos é a pessoa com a qual devemos dividir as nossas vidas.




P.S.: Temos nossas culpas, nossos medos, nossos segredos... e o que eu escondo de mim e dos outros é você.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Quem roubou minha inspiração?

Cada brilho das estrelas, cada olhar vago na rua
Cada suspiro de ausência da pessoa amada
Cada gota de chuva molhada...
Tudo isso me fazia escrever.

Agora me vejo aqui, numa nova realidade e sem nada pra partilhar, sem ideias mirabolantes para dividir com quem ainda perde tempo lendo palavras soltas e "vazias".
Será que o excesso de acontecimentos bloqueou meu pensamento? Será que ainda não consegui processar em minha mente todas essas novas informações?
Creio que, na verdade, isso seja culpa sua da minha mente que insiste em querer ficar longe, pensando em você sei lá o que.
Eu fiz tantos planos, sonhei tantos sonhos diferentes e evitei me envolver. E, do dia pra noite, vejo que toda a minha inspiração ficou perdida num canto da vida e uma onda simplesmente a levou.

Menino-moço, só queria poder olhar pro céu, numa noite de claridão, e ver que o que mais brilha é o meu coração... e quem sabe assim, a noite se faça dia e o verde da esperança traga de volta minha alegria.

Eu quero voltar a escrever, mesmo sabendo que minhas palavras se transformaram em vontade de ter, de ser, de crescer. Ainda quero expor em palavras e não só em ações. Ainda sonho em ser poeta que grita, mesmo sabendo que os poetas do silêncio são melhores compreendidos. Ainda quero acreditar que o que eu escrevo e você nunca lê vai tocar alguém tão distante 374km mais precisamente. Assim, quando nossos olhares se focarem na mesma imagem exposta no céu, poderemos sentir que as almas construiram um ponto único (a lua), no qual podem se encontrar.

Quem sabe aí, você devolve a minha inspiração...


Coloquei aqui o mapa, para que um amigo meu possa buscar minha inspiração e trazê-la até qui!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retrospectiva 2010 - Minha vida em pedaços

Sei que esse texto deveria ter aparecido uns dias antes, mas estive ocupada, viVENDO a Vida!

Cabe aqui uma pequena retrospectiva sobre os acontecimentos que me "afetaram" esse ano.
2010 foi um ano de transição na minha vida... Iniciou-se de forma inesperada e terminou com mais imprevistos ainda.
Fiz promessas e fiz planos pra esse 2010... a maioria se cumpriu, os pouquíssimos que ficaram de lado, na verdade só precisam de um pouquinho de tempo para se tornarem realidade.
Foi difícil pensar numa retrospectiva de um ano tão INTENSO! Acho que vivi coisas magníficas e que um turbilhão passou por mim, me deixando totalmente perdida... Enfim, no finalzinho do ano, acho que me achei.

Partes da minha vida modificadas por inteiro, minha vida inteira modificada em partes... E na mente vazia e distante, algumas recordações que escapam do turbilhão de emoções e acontecimentos:

Tracei metas... metas de vida, metas de sorrisos, de beijos e de abraços que eu distribuiria aos que tão próximo de mim chegassem;
Deixei-me apaixonar... pela vida, por pessoas ótimas, por pessoas péssimas, por momentos únicos, pela minha profissão, por aqueles com os quais convivi. Apaixonei-me por mim e olhei para dentro de mim;
Chorei... de alegria e de tristeza diante de tantas mudanças;
Mudei... fisicamente (emagrecendo), espiritualmente (questionando), mentalmente (inovando nas ideias e nos planos), emocionalmente (me libertando e expondo parte dos meus sentimentos);
Cresci... não de estatura, mas de pensamento;
Sonhei... sonhei com um mundo novo, acordei num mundo louco;
Fiz planos... fiz planos ao lado de pessoas, fiz planos ao meu lado, fiz planos de ser feliz;
Alcancei... meus objetivos principais (o concurso está aí pra provar), meus desejinhos secundários e parte dos objetivos mais secretos que nem mesmo pra mim mesma eu contaria;
Amei... pessoas que me amaram, pessoas que odiaram, pessoas que nem ligaram para tudo o que eu senti;
Errei... sempre, com insistência;
Superei... as dores, as crises, as mudanças e os desejos;
Comecei o ano ao lado de algumas pessoas que eu nem conhecia, terminei o ano ao lado de pessoas que eu nem sabia que existiam.

Ao final, vi um turbilhão passar por mim e, mesmo dentro dele, resisti! Ainda não o superei, mas aprendi a me manter viva dentro dele, aproveitando cada vento, cada calmaria. Aprendi a sorrir em cada canto em que fui viVENDO a minha vida...

2010: Um ano e tanto... meu momento de transição, minha oportunidade de transformação.